sábado, 14 de setembro de 2013

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OSMARINA DA SILVA RODRIGUES
IVANYLCELY DE LOURDES FURLANETTO
DALLA CARDOSO TAVARES
CLEONICE VIEIRA DA SILVA
MARIA HELENA DE MATOS AQUINO
MARISTELA APARECIDA MARQUES SILVESTRINI 




Quando comecei a ser alfabetizada achei a Língua Portuguesa muito difícil. Depois de algum tempo tive certeza disso, por isso, comecei a ler gibis, fotonovelas, romances, revistas semanais, enfim, tudo o que eu podia ter acesso. Com essas leituras pretendia desvendar os mistérios dessa língua, que, segundo Olavo Bilac no poema Língua Portuguesa é "inculta e bela".
Percebi que com o que lia podia sonhar e ir além, novos horizontes poderiam se abrir, mesmo quando não entendia o significado das palavras, foi então que descobri serem polissêmicas e procurava o sentido lendo e relendo várias vezes ou em um dicionário encontrando nele o melhor amigo nesse aspecto. Adquiri dessa forma o hábito de leitura, pois, infelizmente, não tive nenhuma professora que despertasse ou incentivasse esse hábito em mim.
Em relação aos depoimentos achei-os fascinantes, inclusive o do Gilberto Gil chamou-me a atenção pelo carinho e dedicação da avó em qualquer situação, emocionando-me muito. Quanto ao depoimento da Danuza Leão identifiquei-me, pois sempre li e leio tudo o que passa pelas minhas mãos e penso igual quando ela diz “Que me desculpem os literatos, mas para mim ou um livro é bom ou não [...]”. Simples assim.
POR: IVANYLCELY DE LOURDES FURLANETTO
  
Eu também desde criança cultivei esse hábito também incentivado pela minha família. Acredito que assim como o alimento que comemos, determina a qualidade de vida que temos, a qualidade do que lemos e escrevemos determina a nossa humanidade, pois ao devorarmos um livro, devoramos o pensamento, crenças, conhecimento e criatividade de quem o escreveu e essa leitura nos fornece um alimento que vai ser incorporado ao nosso ser e a aceitação ou o repúdio do que está escrito nos eleva a qualidade de ser pensante, portanto - um ser humano na sua plenitude pois existe, pensa, age e reage como tal. Que a nossa "fome" nunca esteja plenamente saciada.
POR: DALLA CARDOSO TAVARES



Adoro ler, leio tudo, foi pela leitura que, talvez não muito, mas me fez melhor e sair da escuridão.
Aprendi a ler e escrever com uma professora muito amável, a Dona Martha, também na cartilha Caminho Suave.
 No primeiro dia de aula, eu muito magrinha, cai do cavalo, morava longe da escola. Desmaiei e fui amparada pela professora que me abraçou e eu assustada queria ir embora, ela me disse que se eu ficasse iria enxergar o mundo, poderia melhorar de vida e ir para a escola de carro. Desde então eu queria ser como ela que apesar das dificuldades para chegar à escola: distância, estrada de terra, estava sempre cheirosa, alegre e como falava bem! Queria ter um fusca e ser professora, o fusca eu aprendi que tem outros melhores, mas ser professora ainda continuo querendo.
Incentivo muito meus alunos a lerem, a leitura abre caminhos e sempre conto minha história para eles. Morava no sítio, não tinha energia elétrica (até quando entrei para a faculdade), não tinha televisão, nem revistas ou jornais, li quase todos os livros da pequena biblioteca, com lamparina. Era de pouca conversa e quase não tinha amigos, mas tinha tanta companhia nos livros, que me ensinaram quase tudo que sei , aprendi sobre reprodução- sexualidade nos livros, uma vez que minha professora de Ciências pulou essa parte.
 Na minha família não tem diálogo e muito menos apoio para a escrita ou leitura, muito parecida com a história narrada por Gavino Ledda no livro Pai Patrão e Recanto. Minha mãe não gostava de escola, livros ou leitura, hoje ela sabe que é fundamental, por insistência minha.
O livro que marcou minha adolescência foi Sem Família, chorei muito e me senti abandonada, era verão e senti muito frio naquele dia, tremi e deixei a lamparina tombar sobre o livro que ficou encharcado de querosene, enchi o livro de talco, deixei a noite toda, coloquei o livro na estante da biblioteca, fiquei uns dias sem ler, mas esqueci o episódio e retornei às leituras.
Sem família, do francês Hector Malot, é um dos principais romances sobre a temática da infância. Lançado ainda no século XIX, o livro se tornou um clássico no século XX. Conta a história do menino Renato, órfão que é vendido para um andarilho e sofre crueldades e explorações. Escrito em uma época quando crianças ainda eram sistematicamente exploradas, infelizmente a obra é atual em muitos aspectos. É um relato denso e emocionante.

Enfim, chega de relatos tristes, a verdade é que o professor, de todas as disciplinas, têm importância fundamental no desenvolvimento das competências leitora e escritora na vida de um aluno e que através dessas competências ele pode alcançar uma vida mais justa e digna.
POR: OSMARINA DA SILVA RODRIGUES



Ao contrario da maioria dos colegas que tiveram oportunidades de conhecer a leitura e foram incentivados desde cedo, só  fui conhecer leitura por volta dos meus dez anos.
 Um primo, já adulto, esqueceu em minha casa uma revistinha do Zero, nossa achei super legal! Lia e ria sozinha. Minha mãe não entendia do que eu achava tanta graça.
Vim morar na cidade, na casa encontrei rios de gibis, a turma toda de Maurício de Souza, amei.
Fui estudar a noite, tinha muita dificuldade em socialização com os colegas, falava muitas palavras erradas, concordância então, nem se fala. Foi aí que ouvi algo; que quem lia bastante aprendia conversar. Ah! Descobri o caminho para a biblioteca municipal e li meu primeiro livro A MORENINHA depois disso fiquei amiga da bibliotecária e fiquei freguesa.

POR: MARIA HELENA DE MATOS AQUINO


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